quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ética e Educação

Exploração do texto:
TONET, Ivo. Ética e capitalismo. Presença Ética. Recife, UFPE, Ano II, No 2, novembro 2002, p. 13-26.

Um periíodo de decadência (p. 14 - 15)

Com a revolução industrial (1760 - 1830), capitaneada pela burguesia, teve para o desenvolvimento da humanidade. Com a revolução industrial, a humanidade viu abrir-se, pela primeira vez na sua história, a possibilidade de produzir riqueza suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens. Contudo, foi exatamente a partir dela, que tornou, desde então, que a desigualdade social, com todo o seu cortejo dos chamados “problemas sociais”, já não era uma questão de escassez de conhecimentos, de recursos, de tecnologia ou de bens, mas um problema de exclusiva e total responsabilidade das relações entre os proprios homens.

Quando falamos em decadência não estamos afirmando que, de 1848 para cá, as coisas se tornaram piores em todos os aspectos. Tal afirmação não faria sentido, uma vez que ela é contraditada pelos próprios fatos.
Percebemos que o desenvolvimento da totalidade é o momento predominante em relação ao desenvolvimento de cada uma das partes, assim também podemos dizer que a direção - positiva ou negativa - que a totalidade é um dos critérios mais importantes para aferir de ascenso ou decadência de uma forma de sociabilidade.



Na esteira marxiano-lukacsiana, entendemos que a sociedade é um complexo de complexos. Vale dizer, uma totalidade (sempre em processo), articulada e formada por inúmeras partes.
Deste modo, a natureza delas e a função que exercem na reprodução do ser social são elementos importantes para o seu próprio desenvolvimento. Não há, pois, um envolver uniforme e homogêneo do conjunto do ser social.

Ser criativo, social, consciente, livre e universal. De modo que o que permitir ao homem expandir, cada vez mais, as suas potencialidades, construir um mundo adequado a uma vida digna, criar bens que possam atender as suas necessidades, apropriar-se (cada individuo) do patrimônio - material e espiritual - comum ao gênero humano, participar, de modo cada vez mais consciente, do processo histórico, sendo seu sujeito efetivo, terá um carater positivo.
O homem conhece por observação e interpreta de acordo com os dados que ele possui acerca da realidade. Desta forma, a cultura determina a visão que o homem tem de si mesmo e das razões elementares de sua existência. As respostas dependem da visão que cada cultura possui da existência.
Sabemos que a exploração do homem pelo homem é da natureza do capitalismo.

Basta lembrar dos avançõs no campo da medicina. Sob o aspecto científico e tecnológico são enormes, enquanto sob o aspecto da socialização desses benefícios as coisas andam em sentido contrário.

Não, é na degradação do conjunto da vida humana, na crescente mercantilização de todos os aspectos da realidade social; na trasformação das pessoas em meros objetos, e mais ainda, descartáveis; no individualismo exarcerbado; no apequenamento da vida cotidiana, reduzida a uma luta inglória pela sobrevivência.

A fratura entre o universo dos valores e a lógica da realidade. (p. 18-20).

Uma dissociação cada vez maior entre o discurso e a realidade objetiva. Enquanto esta última vai no sentido acima apontado, de um aprofundamento na degradação da vida humana, o primeiro vai para o lado oposto: ou do apelo moralizante (solidariedade, ajuda, preocupação com o bem comum, etc.) ou das tentativas de fundar uma ética capaz de fazer frente a essa avalanche devastadora.
A consequencia disso é uma fratura cada vez mais ampla entre os valores éticos proclamados e a logica da realidade objetiva. Concretamente: uma é a logica dos ser, a outra a lógica dever ser. Um ser qua vai do sentido de tratar tudo, inclusive os individuos, como coisas, opõe-se o dever de ser solidário.
A uma lógica que, por exigência da reprodução do capital, caminha sempre mais no sentido da devastação e da degradação da natureza, opõe-se o dever de ter maior respeito pela natureza.

É tudo que se pode ver na ética e conceber um valor voltado para o respeito e a valorização do ser.
Como, ao nosso ver, o primeiro é o fundamento do ser social na sua totalidade e, portanto, também do universo dos valores éticos só pode aparecer como um discurso vazio, que jamais pode ser efetivado praticamente.

O alargamento da fratura (p. 20 - 22)

Para se ter uma mudança na nossa realidade é necessario ter objetivos para uma realidade trasformadora e objetiva e deve-se verificar o que o meio esta influenciando tal mudança para a realidade presente.

Concepção idealista do mundo, segundo o qual o universo material é produto das crenças e dos valores numa sociedade historicamente determinada.

É sanável a fratura? (p. 22-25)


Baseado numa compreenção ontológica do ser social e numa análise da sociedade capitalista, cremos que é possivel afirmar, com tranquilidade, que a dissociação entre a realidade objetiva e o mundo dos valores é superável. Mas, somente na medida em que houver uma radical trasformação da atual ordem social. Ou seja, na medida em que, eliminando o capital, com todas as suas decorrências, for instaurada uma outra forma de solidariedade fundada no trabalho livre. Somente a superação da propriedade privada e a instauração de uma forma de sociabilidade cujo fundamento seja o trabalho associado possibilitará ao discurso ético deixar de ser apenas um discurso abstrato para se tornar vida real.

Um comentário:

  1. Is it Titanium Renowned For Its Iron-Glossed Spades
    A piece of metal used in blackjack has been found at a casino, The poker-room at columbia titanium boots The Golden Nugget titanium post earrings in galaxy watch 3 titanium Atlantic City has titanium price been titanium mens wedding band vandalized.

    ResponderExcluir